Não só demolição para o HP 12000
São numerosas as aplicações nas quais os martelos demolidores podem demonstrar os seus múltiplos dotes. Uma dessas é o trabalho em uma pedreira, local no qual o martelo hidráulico possibilitou a superação dos tradicionais inconvenientes ligados à utilização de explosivos. Foi exatamente em uma pedreira que vimos o martelo demolidor Indeco HP 12000.
A pedreira
O palco do nosso teste é a pedreira Acquafredda, situada no território do município de Castiglione Chiavarese (Ge). Por diversos anos, o local da extração oferece material de natureza basáltica de ótima qualidade e fortemente abrasivo, que por isso tende gerar um notável desgaste nas máquinas e equipamentos utilizados para a extração. A produtividade da pedreira, analisada recentemente pela Italcementi, gira em torno dos 250.000 m3 por ano de material finito, que é reduzido nas dimensões desejadas (areia, brita fina etc.) por uma usina de trituração primária e secundária existente no local. A extração do material e o seu transporte até a boca da usina de trituração é feita pela firma Benzi Remo de Malvicino (Ao), e até poucas semanas atrás foi utilizada a técnica tradicional de perfuração, inserção e explosão; operação onerosa e complexa, além de algumas dificuldades criadas pelo grande peso do material obtido – que tendia a gerar quedas de produtividade, desgaste excessivo e ruptura dos trituradores – tudo isso motivou a empresa, de comum acordo com o proprietário da pedreira, a considerar a possibilidade de experimentar a extração com martelo hidráulico montado em escavadora. Graças à colaboração da Recmac de Buriasco, concessionária exclusiva Indeco para Piemonte, Liguria e Valle d’Aosta que forneceu para testes um martelo demolidor hidráulico HP 12000 (montado nesta ocasião numa escavadora Cat 345B LME) foi, portanto, iniciado um programa de testes para verificar no campo o comportamento do equipamento, tanto em termos de produtividade como de confiabilidade.
O martelo em operação
Para melhor compreender os resultados obtidos com o HP 12000 encontramos na pedreira Remo Benzi, responsável pela extração no local, a quem foi dada a incumbência “de se atirar nesta experimentação”, conta Benzi: “havia uma série de motivações, em primeiro lugar os custos, tanto pelos custos de aprovisionamento e detonação do explosivo, como pela necessidade de utilizar una perfuratriz para a execução dos furos necessários.
Do ponto de vista mais estritamente operacional, os tempos de pausa ligados a esta técnica de extração eram nítidos; mas a pior desvantagem era o peso do material obtido, com dimensões muito elevadas, o que requeria uma redução prévia antes que ele pudesse ser levado à usina de trituração. O emprego de explosivos, por fim, tinha sempre um certo impacto ambiental e psicológico negativo, tanto nos operadores quanto na população vizinha à área da pedreira”.
Tais considerações, portanto, encorajaram a empresa, a avaliar a possibilidade do emprego da combinação martelo demolidor–escavadora hidráulica: “uma vez definida a filosofia”, prossegue Benzi “após um estudo preparatório sobre a natureza do material existente na pedreira, assim como sobre a produtividade necessária à alimentação da usina, a escolha recaiu sobre o martelo demolidor Indeco HP 12000”.
O ciclo de testes deu resultados nitidamente positivos. “O impacto sobre o ciclo de produção”, confirma Benzi “foi realmente notável. Eliminamos a necessidade de manter e gerenciar una máquina “difícil” como uma perfuratriz, cuja taxa de utilização era muito limitada; ao contrário uma escavadora, quando o martelo hidráulico não é utilizado, pode ser empregada em muitas outras situações. Tudo isto incluiu também a superação de todos os problemas ligados ao uso de explosivos como mencionei anteriormente. Os benefícios mais notáveis, todavia, foram registrados em relação à produtividade.
Graças ao sistema de regulação automática da frequência e potência dos golpes existente no HP 12000, este equipamento em primeiro lugar nos permitiu manter uma capacidade extrativa de cerca de mil metros cúbicos de material ao dia; mas, o que é mais importante, o material extraído estava já reduzido a um peso ideal para a sua posterior trituração. Isto determina um menor desgaste dos britadores e, portanto, uma redução de defeitos e rupturas, mas sobretudo uma produtividade dos britadores nitidamente superior, em alguns casos de mais de 50%”.
Ótimas notícias, enfim, no que tange aos custos operacionais. “Mesmo que este aspecto não representasse uma prioridade”, conclui Benzi, “trata-se sem dúvida de uma grata surpresa. A comparação econômica com o emprego de explosivos foi francamente favorável ao sistema com martelo, e mesmo considerando a necessidade de substituir com uma certa frequência as pontas, devido à alta abrasividade do material cavado, assim como os custos de lubrificação e as paradas semestrais para as operações de manutenção, a redução de custos corresponde a níveis mais do que satisfatórios”.